Para essas mulheres, fazer a maquiagem é um ritual mais sagrado do que tomar café da manhã.
No Reino Unido, uma pesquisa recente mostrou que 70% das mulheres daquele país não saem de casa sem, ao menos, passar um batom.
Se tivesse sido realizada no Brasil, a porcentagem da pesquisa seria
bem menor. Ainda assim, não faltariam mulheres que, como as européias,
se consideram viciadas em maquiagem.
É o caso da paulistana Larissa Abrahão. Pela manhã, a consultora
financeira de 27 anos tem um ritual sagrado, que inclui primer,
corretivo, blush, máscara e batom. Aos 15 anos, chegou a levar a
nécessaire para um acampamento de escoteiros. “Não saia da barraca antes
de me maquiar”, diz rindo de si mesma.
Tatiana Ribeiro, 30, é outra adepta do visual produzido. O hábito
começou pela necessidade que sentia de esconder as olheiras. Depois,
outros produtos como blush e máscara foram incorporados à rotina. O
traço de delineador preto já virou marca registrada desta professora de
ioga carioca que vive em São Paulo e não se incomoda em acordar cedo
para fazê-lo antes da primeira aula, às 8 da manhã. “Não me sinto
confortável sem maquiagem, parece que não sou eu”, entrega.
Tatiana Ribeiro: maquiada desde as oito da manhã
A psicoterapeuta carioca Nice Pereira Brandão acredita que hábitos
como os de Larissa e Tatiana podem ser positivos ao mostrar o cuidado
que as mulheres têm com elas mesmas. Mas a especialista faz um alerta
para que o momento diário em frente ao espelho não se torne uma
obrigação. “O limite saudável para a vaidade é deixar de lado o convívio
social por não se sentir perfeitamente maquiada”, diz.
Fotos: Alisson Louback
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